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Duas fotos tão distantes quanto misteriosas

Capítulo # 7

A primeira foto.
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Por causa do tipo de roupa que as pessoas vestiam, a primeira foto parecia ser num lugar qualquer de um deserto do norte da África. Na foto havia duas pessoas e algo que parecia um grande anel com 10 triângulos na sua borda. Era a foto mais antiga e mais misteriosa.

 

Após alguma pesquisa, identificaram a foto como tendo sido feita onde hoje é um país chamado Iraque, nas ruínas de uma cidade que desapareceu a muito tempo e que mais ou menos 5500 anos atrás se chamava Uruk.

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Neste tempo o homem ainda se organizava em tribos primitivas na maior parte do mundo.

 

Mas esta cidade era diferente.

 

Já nesta época a cidade tinha praças, sistema que levava água às casas e era organizada por bairros. Ela até tinha um prédio de 8 andares.

 

Ela foi criada por dois povos diferentes: os acádios e os sumérios. Como que vindos de outro lugar, os sumérios falavam uma língua completamente diferente. Dizem até que foram eles que inventaram a escrita e também teriam sido eles que inventaram a roda.

 

— Este povo é muito misterioso - falou Tom. Onde eles aprenderam tudo isso pai?

 

— Não sabemos - respondeu o pai das crianças. Mas ainda inventaram mais coisas. Onde eles fizeram a cidade era um lugar muito pantanoso, onde ninguém queria construir. Sabe o que fizeram? Cavaram valas no pântano, secaram ele, e fizeram sua cidade lá! Ninguém nunca havia feito isso antes.

 

— Não era mais fácil fazer a cidade em outro lugar? - perguntou Tom novamente.

 

— Era - respondeu o pai; mas aquela terra depois de seca era muito boa para as plantações. Eles eram tão bons em agricultura que sobrava comida. Para armazenar o que sobrava eles tiveram que construir vários depósitos.

 

— Sua origem é desconhecida, mas sabe-se que nesta época apareceram misteriosamente.

 

Tão misteriosa quanto sua cultura, desenvolvida demais para época, eram as fotos de estátuas daquele povo que as crianças acharam pesquisando sobre Uruk.

 

— Aquelas placas na cabeça eram um capacete ou a cabeça deles era assim mesmo? perguntou Tina.

 

— Este é mais um mistério apenas seu avô poderia falar. Respondeu, mais uma vez o pai.

De qualquer forma a primeira foto estava identificada, era Uruk, atual Warka, 260 km ao sul de Bagdá no iraque.

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São Paulo e Uruk estão nas pontas da linha amarela.

O local eles sabiam onde era, mas, e o anel misterioso? O que ele teria haver com os tupckalakakauenses ?

(será que você, que esta lendo, consegue falar "tupckalakakauenses"? Se conseguir deixa uma mensagem!)

 

Clique aqui para ver a localização de Uruk.

 

A Segunda Fotografia.

O segundo lugar era na Índia, na Caxemira. Havia a foto de uma pedra com um desenho. O desenho na pedra havia sido feito cerca de 100 anos do grande salto evolutivo de Uruk.

 

Na pedra havia o que pareciam dois sóis ao mesmo tempo no céu. Na mesma foto via-se uma cena de caça.

 

— Por que tem dois sóis mamãe? Perguntou Tina, que se acomodava no colo da mãe para poder ver por cima da mesa.

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Fotografia da pedra com dois sóis desenhados por povos pré históricos.

— Não sabemos, parece que é algo que aconteceu no céu a milhares de anos e que foi tão impressionante que os habitantes desta época resolveram registrar. Como nesta época ainda não existia papel nem sabiam escrever palavras, eles fizeram o desenho na pedra.

 

—Este desenho parece mostrar que em algum momento houve dois sóis no céu.

 

— Mas isso pode acontecer, perguntou Tom interessado?

 

— Não de verdade, continuou a mãe, acontece que sóis morrem, e quando isso acontece, eles explodem. Essas explosões são muito fortes e a luz é tão grande que pode parecer que um novo sol apareceu no céu. A única coisa é que elas não duram muito.

 

— Nosso sol vai explodir mamãe? perguntou Tina com voz apreensiva.

 

— Vai sim, mas vai demorar muito para isso acontecer, os cientistas dizem que ele ainda vai durar uns 5 bilhões de ano. Isso é muito tempo.

 

— E o que vai acontecer com a Terra, perguntou Tom.

 

—Vai desaparecer numa grande e bela nuvem de poeira cósmica. Como esta aqui. Respondeu o pai, mostrando uma foto de um livro.

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A foto da supernova na constelação de órion que o pai das crianças mostrou.

—Uau! que lindo falaram os dois ao mesmo tempo.

 

Junto à foto havia um desenho do céu e sobre este desenho do céu o vovô havia colocado a figura pré-histórica.

 

— Nossa! disse Tom - O desenho e a foto se encaixam direitinho.

 

— Mas olhem o desenho do vovô, na verdade a cena de caça são constelações. Você sabe o que são constelações Tom?

 

— Não.... Respondeu Tom trazendo uma entonação na voz de quem queria saber muito saber o que eram constelações.

 

— As estrelas sempre intrigaram muito os homens, e ajudavam também a saber a época do ano e onde eles estavam. Como não tinham papel para desenhar os antigos olhavam o céu e imaginavam que os pontinhos eram coisas, assim ficava mais fácil saber que grupo de estrelas eram aquelas e em que época do ano estavam.

 

— Como, que época estavam? perguntou Tom, cada vez mais interessado?

 

—Existem grupos de estrelas que só aparecem numa época do ano. Órion, por exemplo, é um grupo de estrelas que representa um gigante caçador. Ela só aparece no verão para a gente.

 

—O que fica claro é que os homens que fizeram este desenho não queriam mostrar uma caçada. O que eles queriam era mostrar onde, no céu, surgiu o segundo sol. Foi perto da constelação de órion, a constelação do gigante caçador.

 

A história da estrela explodindo era legal, o desenho na pedra interessante, mas estranha mesmo era a anotação feita pelo vovô no verso da foto:

 

"Origem de tudo, o início da grande fuga."

 

— Que início? que fuga? Se perguntaram eles?

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